Anúncio com o lançamento do "disco estéreo", com os personagens do filme "Aristogatas", na época do lançamento do filme. Propaganda publicada na revista "Mickey", n° 231 (Janeiro de 1972):
COLEÇÃO "CONTOS DISNEY" - LIVROS COM FITAS K7
Se tratava de uma coleção de livros, contendo as histórias dos filmes da Disney e cheios de imagens e gravuras em suas páginas, além de uma fita K7 que acompanhava o livro, para que pudéssemos acompanhar a sua narração num mini-system e ainda ouvir as suas lindas trilhas sonoras.
Mágica coleção que fez história entre milhares de crianças dos anos 90, sendo vendida em qualquer banca de revista e com mais de 40 edições publicadas.
Algumas considerações:
- Percebam que tem uma numeração sequencial nos produtos
- Não sabemos qual é a número 14, e qual filme seria. Talvez "Pinóquio", pois no verso desses livrinhos sempre tinha a foto de duas crianças lendo o livrinho do Pinóquio.
- Foi lançada também uma edição com CDs, mas não sabemos informar quais seriam esses títulos... Nas fotos abaixo podemos ver alguns exemplares, como "O Rei Leão" e "Tarzan".
Créditos das fotos: Rodrigo Pucci (Fórum Confabulando)
Que nostalgia, né?
Houveram duas versões das fitas; a primeira VHS continha alguns anúncios antes do filme começar, como os trailers dos desenhos "Mickey e sua Turma", "Meus Amigos Donald e Margarida" e "Meus Amigos Tico e Teco".
A segunda fita VHS já é mais conhecida entre os fãs e não apresenta esses traileirs, onde o filme já começa assim que introduzido no videocassete, só contendo alguns rápidos informativos e vinhetas da Abril Vídeo.
A edição com os trailers era exclusiva para as vídeo-locadoras, já a edição sem estes anúncios era a versão para o público consumidor (vinha com uma caixinha e uns adesivos...).
Não houve um estojo amarelo para nenhuma dessas edições. A Abril Vídeo resolveu padronizar os seus lançamentos com o estojo amarelo apenas no ano seguinte, em 1992.
WALT DISNEY NO BRASIL DURANTE ESTREIA DE "FANTASIA" NOS CINEMAS paulistas e cariocas
Há exatos 80 anos, estreava "Fantasia", obra-prima de Walt Disney, que compareceu na estreia do filme no Rio de Janeiro (no Cine Pathé) e em São Paulo, no dia 26 (no Cine Rosário). Devido à sua inovação sonora, o filme foi exibido inicialmente apenas no Rio de Janeiro e em São Paulo. Técnicos da RKO foram enviados para avaliar cinemas nas duas metrópoles que pudessem comportar a nova aparelhagem de som e cuja acústica não distorcesse o som, prejudicando a imersão do filme. Comparados com os cinemas da época, o Pathé e o Rosário eram cinemas pequenos.
Nas fotografias abaixo vemos a fachada do Cine Pathé, na estreia do filme, e ao lado, Walt Disney, Lillian Disney (esposa de Walt) ao lado de Getúlio Vargas, então presidente do Brasil, e Darcy Vargas (esposa de Getúlio) sentados esperando a exibição do filme.
"BAMBI" DE WALT DISNEY E SUAS DUBLAGENS BRASILEIRAS
A primeira dublagem do clássico "Bambi" (1942) foi gravada entre agosto e novembro de 1941. A segunda dublagem foi gravada em abril de 1969 e a terceira e última dublagem foi gravada entre o final de 1992 e início de 1993, pouco antes da dublagem de "Aladdin" (1992);
A primeira dublagem foi gravada simultaneamente com os animados "O Dragão Dengoso" (1941) e "Dumbo" (1941);
Como o calor no estúdio era muito grande, por conta do verão, Pery Ribeiro gravou boa parte dos diálogos nu. Ele ia pouco a pouco tirando as peças de roupa e no fim acabou gravando totalmente pelado;
Na primeira dublagem, as canções foram mantidas em inglês. Na época, os coros eram mantidos no instrumental ou gravados apenas por um cantor. Para que o impacto musical das canções não fosse diminuído e, também, como as canções não eram cruciais para a compreensão da história, eles decidiram manter em inglês os coros em todas as primeiras dublagem na década de 40;
Os elencos das dublagens de 1941 e 1969 foram perdidos e apenas poucas vozes foram mencionadas em jornais e revistas na época;
Para a redublagem de 1993, a tradução do script e das canções da dublagem anterior foi mantida;
É incerto porque a versão de 1969 foi substituída, entretanto, uma das questões mais prováveis é por conta de mulheres terem dublado os personagens crianças;
Essa foi a última dublagem da Disney gravada na Rivaton.
Texto: Junior Lino
"MÚSICA, MAESTRO" - UM CLÁSSICO QUE A DISNEY ESCONDE DO PÚBLICO
Eu sei que, infelizmente, muitos fãs nem devem se importar muito, mas caso não saibam, "Música Maestro" (1946) é o único clássico da Walt Disney Animation Studios que não está no Disney+ de NENHUM país até agora.
O filme tem um histórico estranhamente complicado (e ao meu ver, sem sentido) dentre os clássicos da Disney... Um dos segmentos, "The Martins and the Coys", foi cortado do lançamento em DVD por mostrar personagens com armas (uau, desenhos dos anos 40 fazendo piada com armas, que coisa inimaginável...) e alguns personagens do segmento "All the Cats Join In" foram alterados digitalmente, pra ser mais específico, umas moças consideradas curvilíneas e "expositivas" demais foram editadas (mas a Jessica Rabbit e o filme do "Roger Rabbit" estão lá no Disney+ numa boa também, hum...).
Além disso, "Música Maestro" me parece ser o único clássico que também não foi disponibilizado para venda/aluguel digital em lojas como o iTunes e é um dos filmes do período da guerra que não ganharam lançamento em Blu-Ray também (ao lado de "Tempo de Melodia", se não me engano, mas pelo menos este está no Disney+). Resumindo, é uma série de motivos e razões BEM fracos pra justificar tanta negligência contra o filme.
PORÉÉÉÉÉÉÉMMMM, usaram um trecho do segmento "Blue Bayou" no 3º episódio ("Maravilhas da Natureza") da 2ª temporada da série "Curtas Animados Zen" (que é maravilhosa, aliás, super recomendo) lá no Disney+!
Será um sinal de que o filme está próximo de ser adicionado ao catálogo? Ou será que só remasterizaram esse trecho em específico só pra usar no curta "Zen"?
Apesar dos filmes da época da guerra não serem muito populares, "Música Maestro" tem 3 curtas que costumam ser lembrados com carinho por parte dos fãs Disney ("Pedro e o Lobo", "A Baleia Willie" e o curta dos chapéus apaixonados, "Johnny Fedora e Alice Blue Bonnet"). Considero um pecado esse filme estar tão inacessível assim.
Enfim, essa é a primeira vez em anos que eu sinto algo concreto para que esse filme seja disponibilizado da forma que merece para todo o mundo, já que o DVD nunca foi lançado por aqui. Quem sabe se mais pessoas tomarem conhecimento, cobrarem nas redes sociais e torcerem pra que isso se realize, o filme chegue ao Disney+ logo em breve.
Texto de Allan Lessa
A COLEÇÃO "CANTE COM DISNEY" E SEUS TÍTULOS LANÇADOS PELA ABRIL VÍDEO
